FIFA publica Relatório sobre o desenvolvimento do futebol feminino.

FIFA publica Relatório sobre marcos do desenvolvimento do futebol feminino, com objetivo de demonstrar o cenário da modalidade, seu crescimento e profissionalização, facilitando a...
FIFA publica Relatório sobre marcos do desenvolvimento do futebol feminino, com objetivo de demonstrar o cenário da modalidade, seu crescimento e profissionalização, facilitando a tomada de decisão por parte dos stakeholders e potenciais investidores do mercado.

Em 28 de outubro de 2022, a FIFA publicou o Relatório de Benchmarking do Futebol Feminino, após coletar informações de 30 ligas/campeonatos e 294 clubes ao redor do mundo, com foco em 5 principais âmbitos de desenvolvimento: (i) esportivo; (ii) práticas de governança; (iii) panorama financeiro; (iv) engajamento de fãs; (v) atletas.

A análise das informações levantadas demonstrou que o futebol feminino é um dos esportes que mais cresce no mundo, batendo, com frequência, novos recordes para acordos de patrocínio, de audiência e comparecimento em dias de jogos. Ainda assim, em uma visão global da modalidade, há espaço para investimentos e desenvolvimento técnico-esportivo, aumentando a rentabilidade do evento esportivo com atrativos comerciais e desportivos, de forma cada vez mais sustentável e cíclica.

Fazendo um recorte do cenário no Brasil, referente ao Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino A1, destaca-se a porcentagem de 88% de atletas assalariadas e o número de 356 mil seguidores nas redes sociais da competição, que conta com 6 patrocinadores, e um valor médio de ingresso de $ 1,20 (um dólar e vinte centavos) para adultos e $ 0,60 a meia-entrada.

Em comparação, nos Estados Unidos, na disputa da National Women’s Soccer League, 100% das atletas são assalariadas, com 919 mil seguidores nas redes sociais utilizadas pela liga, que conta com 10 patrocinadores e valor médio de ingresso de $ 29,50 para adultos ($ 19,40 meia-entrada).

Considerando que o cenário brasileiro tem passado por intenso processo de profissionalização em relação à modalidade, com o estabelecimento de vínculo empregatício com maciça maioria das atletas, por exemplo, já se percebe impactos positivos relacionados ao produto esportivo, com uma permeabilidade considerável do conteúdo relacionado ao Campeonato nas redes sociais. Algo que se comparado ao cenário mais desenvolvido da modalidade, demonstra-se incipiente e com margem para maiores investimentos.

Nesse sentido, vale destacar que a Lei da SAF elenca como obrigatório o fomento e o desenvolvimento de atividades relacionadas com a prática do futebol, nas modalidades feminino e masculino. Assim, para além de todo o trabalho que já tem sido desenvolvido em nível nacional e estadual com a modalidade, abre-se mais uma porta para investimentos e a profissionalização tanto incentivada pelos amantes do esporte.

O CCLA Advogados dispõe de equipe especializada no atendimento de demandas desportivas relacionadas ao Direito Desportivo e Entretenimento, e está à disposição para esclarecer dúvidas referentes a este informativo e a qualquer assunto relacionado à área.

Este informativo tem por finalidade veicular informações jurídicas relevantes aos nossos clientes, não se constituindo em parecer ou aconselhamento jurídico, e não acarretando qualquer responsabilidade a este escritório. É imprescindível que casos concretos sejam objeto de análise específica.

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Helena Meirelles

Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo no ano de 2020. Membro do Instituto Brasileiro de Direito Desportivo – IBDD. Membro Colaborador da Comissão de Direito Desportivo OAB/SP pelo triênio de 2019/2021. Ex-coordenadora, e atual Conselheira, do Grupo de Estudos de Direito Desportivo da PUC-SP.
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Helena Meirelles

Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo no ano de 2020. Membro do Instituto Brasileiro de Direito Desportivo – IBDD. Membro Colaborador da Comissão de Direito Desportivo OAB/SP pelo triênio de 2019/2021. Ex-coordenadora, e atual Conselheira, do Grupo de Estudos de Direito Desportivo da PUC-SP.